Marcelo Cirino une América Latina e Hip-Hop em novo trabalho
Publicado em: 17/05/2008
Chimeny Nogueira
redacao@metropoleonline.com.br
O coreógrafo do grupo Dança de Rua do Brasil (DRB), Marcelo Cirino, aposta na mistura de elementos latinos ao hip-hop em seu novo trabalho, que deve ser apresentado ainda este ano. No ano em que a sua consagrada coreografia ‘Homens de Preto’ completa uma década, Cirino anuncia que deve apresentar novos movimentos. “Estou trabalhando em uma nova coreografia que valoriza a América do Sul e explora os ritmos e elementos dessa cultura. Não vou sair da dança de rua, mas quero incrementar o hip-hop com pequenos detalhes da cultura latino-americana”, adianta.
Coordenador do Projeto Dança de Rua da Secretaria de Cultura de Santos, Cirino é um dos maiores nomes da dança de rua no Brasil e desde 1991 coleciona títulos, dentre eles 27 primeiros lugares consecutivos em competições consagradas internacionalmente. Ele conta que enfrentou várias dificuldades até fazer da dança de rua uma modalidade competitiva em festivais. “Durante alguns anos eu competia com o grupo na modalidade jazz, e vencíamos sempre. Na verdade, tanto a gente como os diretores do principal festival de dança do Brasil, o de Joinville, sabíamos que não existia nenhuma outra categoria em que pudéssemos nos encaixar. No início, havia muito preconceito e discriminação, pois as pessoas achavam que dança de rua não tinha técnica, principalmente os bailarinos ligados ao jazz e ao clássico”, relembra.
Segundo Cirino, a participação do grupo nos festivais e as consecutivas vitórias resultaram na inserção da modalidade nos festivais. “Em 1995 foi instituída, pela primeira vez, a dança de rua no Festival de Dança de Joinville. Depois disso, outros festivais passaram a inserir a modalidade”, afirma. A frente do DRB o coreógrafo conquistou os primeiros lugares do festival, consecutivamente, de 1993 a 1998 , sendo considerado ‘hour concour’.
Patrocínio
No momento ele está em busca de recursos para continuar expandindo o seu trabalho, levando o grupo para apresentações internacionais. “Meu projeto é conseguir patrocínio para levar o grupo para apresentações na Europa. Lá eles valorizam muito essa modalidade e tenho certeza que teríamos um grande retorno”, comenta.
O coreógrafo, que já tem 20 anos de carreira, afirma que pretende parar, mas não tem data prevista. “É claro que um dia vou ter que parar mas não tenho idéia de quando”. Ele se considera um privilegiado por trabalhar com algo que lhe dá prazer. “Hoje em dia é possível viver da dança, porque as entidades públicas permitem isso. Não é fácil, da mesma maneira que não é em qualquer outra profissão, mas eu sou uma pessoa privilegiada porque vivo do que gosto de fazer”. Entretanto Cirino faz uma observação. “Temos visto o governo federal criar várias leis de incentivo cultural, mas em âmbito estadual e municipal as políticas públicas caminham a passos lentos. Fala-se muito em investimento social, mas na prática atividades como a dança de rua, que se identificam com os jovens, ainda são pouco valorizadas”, lamenta.
“Homens de Preto” completa 10 anos
“Homens de Preto”, a coreografia mais conhecida do Dança de Rua do Brasil, completa uma década este ano, e de acordo com Cirino, ainda não foi superada. “Não teve outro grupo de dança da região que conseguisse tanto destaque na mídia”, ressalta. Apesar de 10 anos de existência, a coreografia continua sendo apresentada, junto com os novos trabalhos, por todo o Brasil e em diversos programas de televisão como Xuxa, Domingão do Faustão, Hebe Camargo, Ana Maria Braga, Otávio Mesquita, entre outros. Cirino atribui o sucesso da coreografia a dinâmica e ao figurino. “O terno e a gravata preta aliados à dinâmica rápida e ao figurino funcional, que impõe respeito, fizeram da coreografia um marco. O figurino é atemporal, é um clássico. Acredito que o espaço que temos na mídia seja fruto do trabalho profissional apresentado pelo grupo, que é coeso e impactante”, afirma.
Publicado em: 17/05/2008
Chimeny Nogueira
redacao@metropoleonline.com.br
O coreógrafo do grupo Dança de Rua do Brasil (DRB), Marcelo Cirino, aposta na mistura de elementos latinos ao hip-hop em seu novo trabalho, que deve ser apresentado ainda este ano. No ano em que a sua consagrada coreografia ‘Homens de Preto’ completa uma década, Cirino anuncia que deve apresentar novos movimentos. “Estou trabalhando em uma nova coreografia que valoriza a América do Sul e explora os ritmos e elementos dessa cultura. Não vou sair da dança de rua, mas quero incrementar o hip-hop com pequenos detalhes da cultura latino-americana”, adianta.
Coordenador do Projeto Dança de Rua da Secretaria de Cultura de Santos, Cirino é um dos maiores nomes da dança de rua no Brasil e desde 1991 coleciona títulos, dentre eles 27 primeiros lugares consecutivos em competições consagradas internacionalmente. Ele conta que enfrentou várias dificuldades até fazer da dança de rua uma modalidade competitiva em festivais. “Durante alguns anos eu competia com o grupo na modalidade jazz, e vencíamos sempre. Na verdade, tanto a gente como os diretores do principal festival de dança do Brasil, o de Joinville, sabíamos que não existia nenhuma outra categoria em que pudéssemos nos encaixar. No início, havia muito preconceito e discriminação, pois as pessoas achavam que dança de rua não tinha técnica, principalmente os bailarinos ligados ao jazz e ao clássico”, relembra.
Segundo Cirino, a participação do grupo nos festivais e as consecutivas vitórias resultaram na inserção da modalidade nos festivais. “Em 1995 foi instituída, pela primeira vez, a dança de rua no Festival de Dança de Joinville. Depois disso, outros festivais passaram a inserir a modalidade”, afirma. A frente do DRB o coreógrafo conquistou os primeiros lugares do festival, consecutivamente, de 1993 a 1998 , sendo considerado ‘hour concour’.
Patrocínio
No momento ele está em busca de recursos para continuar expandindo o seu trabalho, levando o grupo para apresentações internacionais. “Meu projeto é conseguir patrocínio para levar o grupo para apresentações na Europa. Lá eles valorizam muito essa modalidade e tenho certeza que teríamos um grande retorno”, comenta.
O coreógrafo, que já tem 20 anos de carreira, afirma que pretende parar, mas não tem data prevista. “É claro que um dia vou ter que parar mas não tenho idéia de quando”. Ele se considera um privilegiado por trabalhar com algo que lhe dá prazer. “Hoje em dia é possível viver da dança, porque as entidades públicas permitem isso. Não é fácil, da mesma maneira que não é em qualquer outra profissão, mas eu sou uma pessoa privilegiada porque vivo do que gosto de fazer”. Entretanto Cirino faz uma observação. “Temos visto o governo federal criar várias leis de incentivo cultural, mas em âmbito estadual e municipal as políticas públicas caminham a passos lentos. Fala-se muito em investimento social, mas na prática atividades como a dança de rua, que se identificam com os jovens, ainda são pouco valorizadas”, lamenta.
“Homens de Preto” completa 10 anos
“Homens de Preto”, a coreografia mais conhecida do Dança de Rua do Brasil, completa uma década este ano, e de acordo com Cirino, ainda não foi superada. “Não teve outro grupo de dança da região que conseguisse tanto destaque na mídia”, ressalta. Apesar de 10 anos de existência, a coreografia continua sendo apresentada, junto com os novos trabalhos, por todo o Brasil e em diversos programas de televisão como Xuxa, Domingão do Faustão, Hebe Camargo, Ana Maria Braga, Otávio Mesquita, entre outros. Cirino atribui o sucesso da coreografia a dinâmica e ao figurino. “O terno e a gravata preta aliados à dinâmica rápida e ao figurino funcional, que impõe respeito, fizeram da coreografia um marco. O figurino é atemporal, é um clássico. Acredito que o espaço que temos na mídia seja fruto do trabalho profissional apresentado pelo grupo, que é coeso e impactante”, afirma.
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